Por Alberto Rui Pereira
Lá diz a sabedoria popular e como quase sempre é bem verdade. Também na área do marketing e da publicidade é uma grande verdade, que o tempo e a história se encarregaram de dar mais do que provas e evidências.
Vem este tema a propósito de dois acontecimentos recentes: a estreia do filme “Air”, que nos conta a história da Nike e como apostou tudo em Michael Jordan, se reinventou, criou um produto inovador e teve a coragem de quebrar regras e normas estabelecidas, de arriscar tudo; e a iniciativa dos Young Lions, em que este ano tive o privilégio de ser jurado e de ter a oportunidade de ver jovens sem preconceitos e barreiras, a arriscarem e serem disruptivos com ideias inovadoras e ousadas. Foi a criatividade a fluir no seu estado mais puro.
A inovação, e por vezes a disrupção, é aquilo que distingue um líder de um seguidor. No atual contexto, esta atitude e abordagem são ainda mais pertinentes, quando cada vez mais as marcas e os publicitários são confrontados com uma panóplia cada vez maior de touch points e de formas de chegar aos seus potenciais consumidores. A forma como comunicamos a nossa mensagem, a ideia que está na sua génese, são hoje absolutamente críticas para romper com o “ruído” e o “status quo”, para chamarmos a atenção de forma relevante, para nos diferenciarmos e criarmos o nosso território de forma clara.
Para que isso aconteça é necessário arriscar. Arriscar faz parte da nossa vida e faz parte da vida das marcas que querem inovar e liderar. Sabemos que o mais cómodo e “seguro” nos dias de hoje, em que a pressão por resultados de curto prazo é avassaladora, é ser adverso ao risco, mas arriscar e surpreender, fazer diferente, é a fórmula para melhor ultrapassar as barreiras de curto prazo e dar o salto qualitativo para o futuro e para o sucesso. Se errarmos, estamos cá para aprender e fazer melhor.
Como disse Steve Jobs temos de estar “dispostos a derrubar muros, construir pontes e atear fogos”.
Os publicitários estarão cá para fazer o que lhes compete pois esse é o seu papel desde que desafiados para isso. O nosso mercado e as nossas marcas precisam dessa atitude, dessa coragem, dessa ousadia e há talento para o fazer; haja vontade. Não ter medo de arriscar e de errar tem de ser o lema.
Termino com mais uma citação de Steve Jobs (um revolucionário que nunca teve medo de arriscar e de romper com o estabelecido): “Mantenham-se insaciáveis, mantenham-se imprevidentes!” É disso que as nossas marcas e profissionais precisam.
